domingo, 1 de março de 2015

Então devo ou não comparar o meu filho com os outros?

Desde sempre ouvi dizer que não se devem comparar as crianças... Mas para esta questão tenho duas respostas: sim e não. Confusos? Pois passo a explicar.

Sim, não se devem comparar umas crianças com as outras quando o fazemos junto a elas e principalmente para as deitar a baixo... O típico comentário " até o teu irmão mais novo sabe fazer isso melhor do que tu" ou então " o teu irmão com a tua idade já fazia isso sozinho" não ajudam na auto-estima de ninguém nem motivam as crianças a procurar fazer melhor! Quando a comparação tem subjacente uma inaceitacao da criança e a menospreza não é benéfica. Por isso sim, não devemos comparar os nossos filhos entre si, a nós mesmos e aos filhos dos outros se isso tiver um intuito destrutivo ou competitivo não promovendo a evolução e aceitação de cada um e dos outros....

Mas não nos podemos esquecer que, por outro lado,comparar pode ser construtivo e essencial para que detectemos problemas cedo... Toda a vida está repleta de noções de normalidade...e é essencial sabermos o que é normal para detectarmos quando os atrasos ou desvios acontecem.

Todos ficamos ansiosos a espera que os nossos filhos andem ou falem. Mas é o conhecimento das idades normais em que esses marcos acontecem que nos deixa tranquilos ou, pelo contrário, que nos faz procurar ajuda e soluções. O conhecimento destes marcos permite-nos também estimular a criança na altura certa promovendo a sua evolução e antecipando dificuldades. No entanto, estas nocoes de normalidade de que aqui falo devem ter como base muitos casos normais para evitarem ideias erradas... 

Infelizmente, cada vez mais os jovens pais tem estas noções de normalidade comprometidas pois convivem e conviveram com poucas crianças. Este facto compromete a sua capacidade não só de detectar como de prevenir atrasos ou desvios. 

Por isso, é essencial que os pais obtenham informações sobre o que é "normal" e para tal é tão importante que os profissionais de saúde promovam nos pais um conhecimento daquilo que é esperado para cada criança a cada idade...para que os pais, que são os especialistas nas crianças, estejam atentos e a cada consulta sejam ativos a assinalar dúvidas que devem ser ouvidas e esclarecidas com esmero e atenção... 



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